NÃO LOCALIDADE QUÂNTICA E LOCALIDADE METAFÍSICA

RESUMO

 Apesar do cuidado em considerar todo conhecimento como provisório, a ciência resulta menos modesta ao defender tanto o rigor lógico e metodológico do seu modo de proceder quanto o grau de confiabilidade dos seus resultados. Nesse contexto, do ponto de vista filosófico, surpreendem a desenvoltura e a confiança com que a Física Quântica se vale do conceito de não localidade, ao ponto de preconizar o Prêmio Nobel de Física para o seu autor. Começa-se este estudo com a intenção de examinar a consistência interna do conceito a partir de uma perspectiva metafísica, na esperança de mostrar que ele seria dispensável caso se concebesse o universo local como sendo dimensionalmente organizado, mas termina-se por realizar um percurso que se inicia no conceito de não localidade física e culmina em uma tese positiva, preconizando um conceito de localidade metafísica. Espera-se que este texto contribua, minimamente, para o amadurecimento da questão.

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NOTAS SOBRE INTELIGÊNCIA ORGANIZATIVA

… no final das contas, os Maias é que podem estar certos: o mundo da lagarta está, efetivamente, terminando – a borboleta sai do casulo, estende as asas e prepara seu voo.

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METAFÍSICA COM STATUS CIENTÍFICO

RESUMO-METÁFORA: À beira do caldeirão, o bruxo, compenetrado, vai mexendo pausadamente o caldo. Recorda o primeiro ingrediente: o ilimitado e o limitante de Pitágoras. Faz muito tempo – pensou. Lembra que, depois, misturou o ser de Parmênides e a inteligência organizativa de Anaxágoras… E foi mexendo. Platão tinha uma horta grande e forneceu-lhe o um e o todo e, depois, ainda, a primeira e a segunda navegação. E viu que a porção no caldeirão tomava consistência… E foi mexendo. Aristóteles trouxe-lhe a filosofia primeira e uma lógica que prometia e que fez o bruxo procurar novamente Platão para buscar a sua dialética. Colocou tudo junto no caldeirão… E foi mexendo. Euclides não pôde vir pessoalmente, mas lhe mandou a geometria por um emissário. Certo dia, apareceu Descartes, trazendo dois ingredientes: o método e a medida tridimensional do espaço. Depois, chegou Einstein, dizendo que Deus não jogava dados e lhe ofereceu as leis do tempo e do espaço e a segunda lei da termodinâmica que um amigo havia descoberto. O bruxo acrescentou tudo porque lhe parecia pertinente… E foi mexendo. Recentemente, apareceu Sampaio, trazendo cinco lógicas distintas que, ao serem acrescentadas, tornaram o preparado luminescente. Depois de algumas mexidas a mais, o bruxo percebeu que a porção, finalmente, estava pronta. Parou de mexer, retirou a pá e viu a assinatura do artesão na madeira: estava escrito Enoc. Lembrou-se de Hermes Trismegisto, que havia fundido o caldeirão, mas não perdeu tempo e foi apanhar a caneca para se servir. O líquido cintilava quando ele, sem titubear, entornou a caneca. A porção desceu suavemente como água fresca, na garganta seca por cinco mil anos de espera. De pronto, nada aconteceu, mas, aos poucos, ele percebeu sua testa iluminar-se, cada vez mais, até que, de repente, brilhou feito estrela nova, e ele, finalmente, VIU… Estava, assim, imóvel ao lado do caldeirão, com o olhar fixo e extasiado no horizonte, a caneca pendurada no dedo, quando você, leitor, chegou à porta da caverna. Ele virou a cabeça, olhou-o nos olhos e, com um sorriso matreiro, quase imperceptível nos lábios, perguntou: – Quer uma porção?

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